quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A você

Ultimamente tens sido a fonte do meu desassossego e dos meus devaneios também, por isso sinto uma necessidade veemente de transmitir o que tão guardado está em mim, a ponto da minha voz recusar a transmissão com integridade.
"É tão dificil ir quando se quer ficar". Talvez não saibas que estou querendo ir, embora ache que não adiantará, pois, continuarás a seguir-me, incansavelmente... É com você que compartilho meus pensamentos, é a tua presença que está presente no meu anoitecer e amanhecer. Lascivo! É você que está ao meu lado quando ando distraidamente pelas ruas, é com você que divido as músicas que ouço, os livros que leio...
Talvez não saibas que nos momentos mais inapropriados fico rindo a esmo, com cara de boba, lembrando as babaquices que falas (Ah! como adoro as tuas babaquices!).
Talvez não saibas que adoro o jeito que você sorri quando te chamo de besta, e principalmente quando em silêncio os teus olhos me pedem um beijo... e tantas outras coisas que palavra alguma conseguirá traduzir.
Talvez nunca esqueças os nossos olhares, o toque das nossas mãos, o cheiro e principalmente a lua que foi nossa cúmplice em tantos momentos, nossos, só nossos.
Mas agora chegou o momento, o momento tantas vezes adiado, temido, mas fadado. É hora de ir, e tanto eu como você sabemos muito bem o por quê. Talvez essa seja a única forma de eu poder estar para sempre do seu lado. E como já disse Martha Medeiros: "A saudade fará mais por nós dois que nosso amor e a sua desajeitada e irrefletida permanência.
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Edilane Ferreira

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